A dermatite atópica é uma alergia crônica não contagiosa. Ela é caracterizada pela ausência da barreira de proteção da pele, o que provoca perda de água recorrente, causando ressecamento, vermelhidão, coceira, erupções e crostas no local afetado. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 25% das crianças sofrem com esse problema no país.
Há evidências de que a predisposição genética e o histórico familiar de alergias influenciam no surgimento da dermatite atópica. Entretanto, também existem outros fatores externos que funcionam como gatilhos para despertar a crise alérgica, como a poeira, produtos de limpeza, roupas sintéticas, mudanças bruscas de temperatura, alimentação e estresse emocional.
Segundo estudos, cerca de 70% dos casos que surgem na infância regridem na adolescência. “Mas como a evolução da doença depende de fatores genéticos e externos, é sempre importante buscar ajuda médica já nos primeiros sinais para que o diagnóstico leve à tratamentos e medidas preventivas rápidas, evitando o desenvolvimento de quadros mais graves na criança”, explica Dra. Marcia Urizzi, pediatra do Hospital Bom Pastor.
Pertencente à Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, o Hospital Bom Pastor, localizado em Guajará-Mirim (RO), é referência assistencial em obstetrícia, pediatria, ginecologia, clínica médica e cirúrgica, possuindo ainda estrutura voltada especialmente para a assistência à população indígena.
Dos três meses, aos doze anos de idade, os sintomas da dermatite atópica costumam aparecer no rosto, couro cabeludo e articulações, incluindo as dobras dos braços, membros inferiores, pescoço, punhos, joelhos, mãos, pés e nádegas. “Nesse caso, o tratamento poder ser feito através de remédios contrarreações alérgicas. Já, em casos mais graves onde a doença afeta toda a pele, são indicados corticoides para aliviar a coceira”, informa Márcia.
Cuidados básicos
Como cada paciente tem seu gatilho para desencadear as crises alérgicas, é importante manter um canal de comunicação com o médico pediatra. Além disso, existem outras medidas que podem proteger a criança contra essas crises:
· Procure assistência médica assim que os sintomas surgirem;
· Identifique os fatores que ajudam a desencadear a dermatite atópica, essa é a melhor forma de prevenção;
· Acompanhe a quantidade de água ingerida pela criança, a hidratação deve ocorrer de dentro para fora;
· Após o banho, se necessário use um creme hidratante na pele;
· Evite banhos quentes e longos;
· Evite tecidos sintéticos, dê preferência às roupas de algodão;
· Evite produtos perfumados;
· Forneça uma alimentação equilibrada;
· Use produtos de limpeza menos agressivo ao ambiente.
Informações: Assessoria de Imprensa.