Aventuras Maternas

Iluminação saudável aumenta performance dos alunos em 33%

Com o início das aulas, uma série de adaptações na rotina começam a acontecer. Isso passa por acordar cedo, se acostumar ao dia a dia na escola e também retomar e recuperar a autonomia de gerenciar tantas atividades.

E voltando a este ambiente, a naturopata e especialista em projetos de iluminação saudável, Adriana Tedesco, alerta para a iluminação nas salas de aula, que pode interferir de várias formas no desempenho dos alunos e na atuação dos professores. Ela pode ser positiva, contribuindo para que eles fiquem mais focados e tenham uma maior produtividade, como de forma negativa, causando desconforto, irritação, sono e problemas visuais.

“O ideal de iluminação para uma sala de aula, é a personalização das atividades, salas com controle de intensidades e da temperatura de cor da luz, para atender melhor às necessidades ali propostas. Ou seja, a luz não pode ser estática, um bom projeto de iluminação precisa levar em consideração a forma como o organismo reage à luz”, explica.

Segundo a especialista, a iluminação precisa atender as normativas técnicas e as questões biológicas. A luz precisa ser uniforme, sem sombras e contrastes, com controle de ofuscamento, difusa e atendendo as necessidades visuais de tarefa. Ou seja, a quantidade de luz natural que adentra as salas também precisa ser considerada, para ser aproveitada de forma a contribuir para o espaço.

Uma pesquisa feita pela Philips evidenciou um aumento de 33% na performance acadêmica dos alunos que foram submetidos a salas de aulas com iluminação personalizada e controlada, em comparação aos que continuaram com a iluminação estática e convencional. Até porque, uma má iluminação nas salas de aulas, sob o ponto de vista da saúde dos usuários, pode vir a desencadear ou agravar alguns problemas.

“O que mais observamos são as questões que podem interferir biologicamente na saúde dos alunos e professores, como por exemplo o ofuscamento gerado por alguns tipos de luminárias que não possuem este controle e que acabam emitindo níveis acima do permitido em normativas. Sem falar no contraste, que obriga nosso aparelho óptico a estar em constante readaptação. Isso gera uma fadiga visual, que causa náuseas, dores de cabeça, pálpebras pesadas, vermelhidão, lacrimejo, um incômodo de forma geral, que também são sinais de irritação na retina”, alerta Adriana.

Todo esse desconforto leva a mudanças de humor que acabam impactando bastante na produtividade. Por isso, outra questão importante é a temperatura de cor da luz. Ela atua diretamente na informação que será levada ao organismo, desencadeando a síntese de determinados hormônios que influenciam no humor, como por exemplo o cortisol.

É possível manipular a iluminação para que estes espectros emitidos pela luz venham a contribuir para aumentar a concentração e produtividade em determinados horários. Um bom exemplo de como isso pode funcionar na prática é a personalização controlada da luz nas salas de aula, como cita a especialista.

“Nos primeiros 30 minutos, na chegada dos alunos à sala, a luz deve estar com temperatura de cor acima de 6500k, para encerrar o que pode ter restado do ciclo do sono dos alunos. Assim como no final das aulas e no período de descanso, a temperatura da cor da luz deve cair para 2700k, trazendo calmaria e relaxamento, compensando as atividades que estimularam períodos de grande concentração”.

Cada canto da escola precisa ser iluminado de acordo com suas particularidades, suas dinâmicas e o tipo de atividades que acontecem ali, um laboratório de aulas práticas deve ter uma intensidade e temperatura de cor bastante distinta, de sala de descompressão para professores, ou corredores e banheiros.

E para todo esse controle, a tecnologia mais utilizada hoje nos projetos de iluminação é a Led, já que permite manipular os espectros da luz tanto no grau de abertura, intensidade e também no ofuscamento de forma mais precisa.

Idade também influencia

Adriana afirma que uma iluminação saudável para ambientes escolares deve também considerar a idade dos alunos. Para crianças pequenas, que ainda não estão em atividades de escrita, por exemplo, a iluminação deve ser muito mais lúdica, normalmente explorando bastante cenários que simulam artificialmente através da luz, cenas naturais, conectadas com o externo, que remetam a natureza e que contribuem para que elas se sintam mais acolhidas e pertencentes aos espaços.

“Isso ajuda a diminuir a resistência ao ingresso na instituição, facilitando a liberação do estresse, promovendo o estímulo aos sentidos, proporcionando relaxamento, controlando a ansiedade e diminuindo a agressividade. Tudo precisa ser pensado para uma melhor saúde e bem-estar de quem utiliza esses espaços”.

Informações: Assessoria de Imprensa.

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Priscila Correia

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