Aventuras Maternas

Espetáculo infantil diverte enquanto ensina

A programação ao ar livre e de graça no Rio de Janeiro ganha reforço com a peça infantil “Rosa e a Floresta” neste final de semana. Sábado, às 16h, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, e domingo, 7 de maio, também às 16h, na Praça dos Cavalinhos, na Tijuca, o público pode conferir a nova montagem infantil, repleta de música, do premiado Grupo Pedras, com patrocínio da Saúva Jataí. Este é o segundo espetáculo autoral do grupo para o universo infantil, o primeiro foi “Rosa e a Semente”, em 2018, que conquistou o Prêmio Zilka Salaberry de Melhor Atriz (Helena Stewart) e Melhor Texto (criação coletiva do grupo). Também venceu no 5º Prêmio CBTIJ de Teatro para Crianças na categoria Coletivo de Atores.

“Rosa e a Floresta” segue o mesmo caminho de “Rosa e a Semente”: diverte as crianças com mensagem de proteção ao planeta Terra, mostrando que somos todos parte do mesmo organismo vivo e fantástico, com informações incríveis. No elenco estão os atores Fábio Freitas, Helena Stewart, João Lucas Romero e Marina Bezze, que se revezam por vários personagens, tocam os instrumentos e cantam adoidado. A direção é de Isaac Bernat. Uma das inspirações para as duas montagens teatrais é a série “Flecha Selvagem”, de sete episódios audiovisuais, com narração de Ailton Krenak e roteiro de Anna Dantes.

Dica valiosa: na Quinta da Boa Vista a entrada mais próxima ao Metrô São Cristóvão, que segue em frente pela Alameda Ruy Barbosa, é o melhor caminho para alcançar o coreto perto de onde vai ocorrer a encenação. Cangas e cestas de piquenique são sempre bem-vindas para todo mundo enveredar junto com a menina Rosa na viagem da imaginação.

Em “Rosa e a Floresta” emoção pouca é bobagem. “A relação com a natureza, os conhecimentos dos antigos, a importância das florestas e seus povos originários, permeiam a narrativa do espetáculo. O processo de pesquisa para “Rosa e a Floresta” mergulhou no ciclo orgânico das Florestas e no universo indígena, fundamental para a preservação das nossas matas”, destaca a atriz Helena Stewart, que faz mestrado em Ecologia Humana pela Universidade de Lisboa.

Mas o texto tanto de “Rosa e a Semente”, como de “Rosa e a Floresta” é fruto de um processo de pesquisa e construção coletiva. A parceria com o diretor convidado Isaac Bernat, iniciada em “Rosa e a Semente”, se estabeleceu na oficina do falecido “Griot” Sotigui Kouyaté, muito conhecido por seu trabalho com diretor inglês Peter Brook. Kouyaté, grande contador de histórias que influenciou o grupo e o diretor, inspira e impregna “Rosa e a Floresta” com a maestria das expressões e linguagem da técnica do ator “brincante” para quem importa, acima de tudo, a simplicidade, a ancestralidade e o imaginário. São elos que se conectam à linguagem do Grupo Pedras, sempre alicerçada em técnicas de artes cênicas como a utilização de máscaras, a bufonaria e as expressões da cultura popular do Brasil. Esse “caldo” é o que nutre as dramaturgias inéditas desenvolvidas pelo coletivo de atores desde sua criação em 2001.

A viabilização de “Rosa e a Floresta” é da Saúva, uma associação sem fins lucrativos criada para colaborar com outras iniciativas sem fins lucrativos. Assim, investe em projetos e empreendimentos motivada por regenerar o ambiente em sua integralidade, reduzir a desigualdade social, compartilhar e trocar saberes com povos e culturas tradicionais do Brasil, praticar uma educação que seja auto-educação e cocriar outras formas de relação econômica (www.sauvajatai.com).

O Grupo Pedras opta por realizar a temporada de estreia do espetáculo, assim como realizou em “Rosa e a Semente”, de forma gratuita em parques e praças como forma de tornar o acesso democrático no intuito de alcançar todo perfil de público.

Informações: Assessoria de Imprensa.

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Priscila Correia

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