Sabe aquela conversa de que você muda quando se torna mãe, se descobre uma nova mulher? Então, ela é super verdade! É como se com o bebê que entra na barriga, a gente receba também super poderes, que nos trazem uma energia extra e uma força a mais para se posicionar na vida de forma mais imponente, com as garras mais afiadas. Passamos a querer mais: tempo, dinheiro, espaço, qualidade de vida, sono… E querer menos: gente chata por perto, ficar longe de casa, passar por perigos…
Quer dizer, ter filhos nos transforma desde a gravidez. Não sei se são os hormônios, se a responsabilidade por um novo ser, ou se é instinto de proteção. Mas as mudanças já começam nessa fase e depois que eles nascem, elas tomam proporções incríveis, já que nosso comportamento também adquire novas nuances, adquirimos conhecimentos que não sabíamos que seriam possíveis e nos tornamos mais medrosas por um lado e mais destemidas por outro.
Abaixo reuni 10 mudanças que costumam acontecer com a maioria das mulheres ao se tornarem mães e que provavelmente aconteceram com você também. Confira!
1. Medos que não existiam. Sempre gostei de andar de moto, montanha-russa, fazer trilhas. Mas desde que ele nasceu, me tornei mais medrosa. Penso que posso cair e até que pode ter uma cobra no caminho da trilha (rs). Talvez por medo, de não poder estar sempre aqui para ele ou porque fiquei super protetora em todos os sentidos.
2. Alto nível de conhecimento sobre a programação infantil da TV. Eu sei os nomes de cada personagem da programação matinal do Discovery Kids. E cantarolo várias vezes por dia a música da Luna. “Eu quero saber porque o gato mia, verde por fora, vermelha por dentro, é a melancia…”
3. Menos neurose com a arrumação da casa. A organização da casa ainda é importante, mas bem menos do que já foi. Há vestígios da presença de uma criança por toda a casa. Brinquedos espalhados pelo chão da sala, papeis desdenhados surgem na mesa de jantar. É claro que a gente mantém o mais arrumado possível, mas sem aquele desespero de quem tem que estar tudo impecável, porque não adianta se enganar. Não vai ficar por mais de 1 hora. (rs)
4. Nojinhos deixam de existir, pelo menos com o seu filho. O bebê vai se sujar de coco até a cabeça e você vai tirar tudo com a mão, ele vai deixar escapar xixi na sua roupa e na sua cama e você vai descobrir que o álcool é fundamental na sua vida. E você passa a tirar a meleca dele sem o menor constrangimento no meio da rua, apenas para vê-lo respirando bem.
5. Almoçar e jantar à mesa se torna luxo e é substituído por comer em pé, andando ou por osmose. Sim, porque nosso prato pode até esvaziar, enquanto estamos à mesa com a família, mas a gente nunca tem certeza se alguém comeu a nossa comida ou se nós demos as garfadas, porque é tanta coisa para administrar enquanto damos comida, pegamos o que caiu no chão, contamos uma história ou tentamos conversar com o marido, que as mastigadas são imperceptíveis.
6. Privacidade assume um significado totalmente novo. Até mesmo ir ao banheiro, a última ação privada que guardamos com carinho, se torna uma missão para Hércules. Se você não tranca a porta, é capaz do filho entrar com um brinquedo pedindo para brincar. Se você tranca é capaz dele ficar do outro lado chamando insistentemente ou de o marido começar a chamar, porque acha que você foi abduzida.
7. A programação de lazer se torna matinal e repleta de brincadeiras. Seus programas básicos de fim de semana se tornam ir à praça ou ao parquinho, ou até mesmo o Shopping, reino das compras, ganha uma aparência totalmente nova, onde a área de recreação infantil é a atração principal. E acabamos saindo mais com os amigos que também têm filhos, para que eles possam brincam, enquanto a gente finge que conversa, mas na verdade fica atrás dos pequenos, falando sobre suas últimas descobertas.
8. Você descobre que educar não é colocar as bonecas sentadas e quietinhas enfileiradas para receber comida ou trocar a fralda. Filhos não são Tamagoshis (lembram deles?) que alimentamos, fazemos dormir, levamos ao banheiro e sobrevivem bem se tudo for feito. Cada palavra, cada exemplo que damos pode provocar mudanças no comportamento deles. Até mesmo nosso tom de voz, as palavras que usamos, tudo deve ser adaptado para a chegada de uma criança. Sabemos que exemplos são fundamentais. Meu marido que adora um churrasco no self service, começou a comer mais brócolis e beterraba ainda na minha gravidez, eu passei a controlar meus braços de portuguesa (sempre gesticulei demais) e uma amiga reduziu e muito no uso de palavrões no dia a dia. Se queremos que eles não repitam, precisamos transformar nossos comportamentos, sim.
9. O sono fica leve e nunca mais volta a ser completo. Por mais que você tivesse um sono super pesado antes da gravidez, os momentos em que começamos a acordar para ir ao banheiro no final da gravidez, acabam sendo fichinha se comparados ao encurtamento de nossas noites depois que eles nascem. Primeiro, eles acordam para mamar ou trocar fraldas, depois nós acordamos para saber se eles estão respirando bem, quando pulam uma mamada noturna. E quando menos esperamos, nosso sono se tornou leve demais. Hoje ele tem três anos, e eu sinto como se não chegasse ao estágio mais profundo do meu sono nunca. Estou sempre meio dormindo, meio escutando o que acontece na casa. Ao menor gemido dele, já fico alerta, para saber se está tudo ok.
10. O amor ganha um sentido diferente: maior e mais infinito. Você não pensa na pessoa o dia inteiro, como quando se está apaixonada. Você simplesmente tem o seu filho dentro de você o tempo todo, pulsando na mesma conexão que a sua. O simples fato de deixá-lo na escola gera uma sensação de separação momentânea de doer o coração. Aprendemos a lidar com isso, mas o elo é inquebrável.