Não faz muito tempo, eu tive problemas com o Arthur para fazer com que ele fosse para a escola sem reclamar. Ele sempre queria ficar em casa, vendo televisão ou brincando, mas para a escola de jeito nenhum. O problema se agravava às segundas, principalmente na volta de feriados e fins de semana prolongados. Vejam bem, não há nenhum problema com a escola, quando ele chega lá fica super bem e na saída não quer vir embora. A questão é o grude mesmo, a preguiça, sei lá!
Certa manhã, como sempre faz, ele me perguntou: “mamãe, hoje eu vou para a escola?”
eu respondi “claro filho! você têm que aprender inglês!”
Arthur: “Mas mãe, eu já sei inglês” – e começou a cantar uma música famosa que toca no rádio
Minha cara:
Eu tinha que pensar em algo rápido, não queria discutir, brigar e nem forçá-lo a ir pra escola. Nunca fui boa em criar histórias, sou mais da música, porém como ele sempre me pede para contar uma história de príncipes e bruxas, resolvi apelar.
Era uma vez um reino muito bonito, colorido e alegre. O Rei e a Rainha eram muito felizes e tinham um filho lindo, o príncipe Arthur. Porém, no aniversário de 4 anos do príncipe, uma bruxa má e infeliz decidiu acabar com a felicidade do reino. Ela lançou um feitiço e o reino ficou todo preto e branco, e o príncipe não poderia sair de lá nunca mais, nem para ir para a escola.
Todos ficaram muito tristes, até que um dia, uma fada madrinha apareceu para ajudar o príncipe. Ela falou que o soltaria, mas que para o reino voltar a ser colorido ele precisava ir para a escola e aprender a ler e escrever. Somente com o poder das letras ele teria força o suficiente para derrotar a bruxa e transformar seu mundo em um arco-íris.
O príncipe, então, passou a ir para a escola todos os dias. Cada vez que voltava para casa ele se sentia mais forte. Até que um dia ele aprendeu o poder da letra A (a sua letra), a mais especial de todas. Com ela, o príncipe conseguir derrotar a bruxa e fazer seu mundo voltar a ser colorido. Desde então, ele nunca mais deixou de ir para a escola.
Gente, o Arthur se levantou na mesma hora e foi correndo para a escola. Até hoje não tenho mais nenhum problema com isso. Todo dia ele lança o poder das letras que aprende, se sente poderoso e confiante, e quer cada vez mais aprender.
