Como sabemos, a alergia alimentar é um assunto bastante comentado entre as mães e não é por menos, pois a prevalência de doenças alérgicas em crianças aumentou drasticamente nas últimas décadas.
Sintomas como irritabilidade, cólicas, problemas respiratórios, dermatites, dificuldade para dormir e otite podem ser sinais de que o bebê apresenta algum nível de intolerância a substancias presentes na alimentação da mãe que amamenta.
Uma questão importante de se esclarecer é a diferença entre alergia e intolerância alimentar que muitas vezes são confundidas entre si, porém possuem reações e sintomas diferentes e, portanto, devem ser tratadas de maneiras distintas.
A Intolerância Alimentar não envolve o sistema imunológico. É uma espécie de rejeição do corpo ao alimento que se manifesta principalmente com sintomas digestivos (gases, diarréia, dores abdominais) pela ausência ou ineficiência de enzimas capazes de
digerí-los. Um exemplo mais comum é a intolerância à lactose, onde existe a ausência da enzima lactase.
Já a alergia alimentar ocorre quando o nosso sistema de defesa percebe que um alimento mal digerido cai na corrente sanguínea estimulando nossas células de defesa, a fim de combatê-las. Essas reações provocam sintomas alérgicos que podem afetar o sistema respiratório (asma, tosse, bronquite, pneumonia otite…), o sistema digestivo (dores abdominais, vômitos, diarréia…) e pele (urticária, dermatite…).
E os principais desencadeadores deste tipo de reação são as proteínas vegetais ou animais, sendo as mais comuns o leite de vaca, ovos, peixes, trigo, nozes, amendoim e soja.
Durante a gestação o bebê conta com os nutrientes ingeridos pela mãe para garantir suas necessidades calóricas e de vitaminas e minerais. No entanto, quando a mãe apresenta um desequilíbrio intestinal há passagem de proteínas grandes para a corrente sanguínea que são identificadas pelo organismo como invasoras, estimulando o sistema de defesa. Essa informação é passada para o bebe que identifica aquela proteína como vilã e quando consumida durante a amamentação estimula sua resposta de defesa que pode ser percebida pelos sintomas citados ou por reações imediatas.
Uma vez identificada à alergia na criança que é amamentada, é importante que a mãe faça uma dieta orientada para exclusão do (s) alimento (s), garantindo as substituições de maneira correta para não prejudicar a sua saúde e a do bebê e garantir que a amamentação não seja interrompida. Para tanto alguns cuidados são necessários:
- Separar a esponja e utensílios do restante da família;
- Ler o rótulo tomando cuidado com os produtos alimentícios que contenham traços de alimento/substância causadora de alergia.
- Evitar produtos alimentícios que não contenham ingredientes descritos no rótulo. Ter atenção com produtos comumente utilizados, pois a formulação pode mudar, ou seja, ler os rótulos sempre antes de comprar.
- Informe aos familiares, educadores e cuidadores sobre os cuidados necessários para a criança com a alergia.